Blog do Prof.João Baiano

EDUCAÇÃO PARA VIDA!

quinta-feira, 27 de maio de 2010

POR QUE SARNEY TEME FLÁVIO DINO ?!










Com Davi Telles






Houve uma época recente em que os veículos de mídia do grupo Sarney direcionavam diuturnamente suas metralhadoras para Jackson Lago. A ordem era fazer de tudo para evitar a percepção da diferença de um modelo para outro.



Atirando sem parar, a imagem de Jackson, em âmbito estadual, seria dissociada da ideia de novidade, de rompimento com os métodos arcaicos do sarneísmo. Acusado dia e noite, o governador eleito em 2006, segundo esta lógica, mergulharia na vala comum dos políticos desonestos.



Há um detalhe importante, entretanto: Jackson Lago não é desonesto. Por mais que se tenha feito um esforço enorme para envolvê-lo em escândalos, o cidadão Jackson, verdade irretocável, vive de sua aposentadoria de médico, sem luxo.



Como todos sabem, nutre invulgar estima pela honra, se orgulhando de ter sido prefeito da capital três vezes, governador do Maranhão por mais de dois anos, e não ter acumulado nenhuma riqueza oriunda do erário. Seu patrimônio é esse: a altivez dos homens públicos que não furtam o dinheiro do povo.



O empreendimento da mídia de José Sarney, portanto, não tinha como obter sucesso. Jackson Lago continua sendo tido pela população como honesto.



Descuidou, contudo, de seu outro grande patrimônio: a liderança na sua Ilha Rebelde. Não crendo no golpe que o ejetaria do cargo, imaginou poder dar atenção suficiente a São Luís nos últimos dois anos de mandato. Não houve tempo para isso.



Se mantivesse estes dois fundamentos intactos – a imagem de político honesto conjugada à aprovação popular em São Luís – dificilmente seria derrotado nas próximas eleições, mesmo lutando contra a força da máquina administrativa novamente pilotada por Roseana Sarney. Principalmente em razão de hoje ser quase uma unanimidade na região tocantina. O ex-governador, poucos da capital sabem, goza de adoração em Imperatriz e cidades vizinhas.



Ocorre que, hoje, a população de São Luís tem substancial rejeição ao nome de Jackson Lago. Uma campanha bem elaborada, se valendo do recall de um ex-prefeito três vezes eleito, no entanto, poderá, em grande medida, reverter essa atual rejeição.



A natureza dos povos, como ensinou Maquiavel, é lábil, lembremos bem. A rejeição de hoje se transforma em aprovação amanhã, na comparação das imagens televisivas.

Tudo dependerá da competência – ou ausência dela – de Jackson em lembrar ao povo ludovicense, durante a campanha, dos seus feitos na cidade.

Não conseguindo reconquistar a Ilha, porém, será impossível alcançar novamente o cargo que lhe foi tomado.



As metralhadoras sarneístas, esse é o fato, não estão mais, pelo menos neste momento, apontadas para Jackson. A artilharia se concentra em Flávio Dino. O grupo Sarney estaria convencido de que o ex-governador não é mais o problema para seu domínio, mas sim o deputado federal do PCdoB.



Entre alguns outros fatores, há um dado perturbador. Desde o final do ano passado, as pesquisas qualitativas – instrumento sem o qual não se faz mais nada na política do século 21 – apontam um enorme percentual de eleitores desejando o “novo”.



Por novo, entenda-se nem Sarney, nem Jackson.


Munida destes recorrentes apontamentos, a cúpula do grupo Sarney teria inaugurado nova estratégia: o alvo agora seria Flávio. Pela leitura do jornal da família, e do portal do seu sistema de comunicação na internet, pode-se concluir haver não somente metralhadoras, mas todo um aparato de guerra.



O tal percentual perturbador giraria em torno de 60%, algo suficiente para eleger um governador em primeiro turno, com folga.



Some-se a isso, o apoio formal do partido do presidente mais popular da História. O resultado, para quem entende de política, como o senador Sarney, é inevitável: Flávio Dino seria o novo governador do estado.



Daí se torna fácil entender o porquê do interesse em retirar o PT da coligação do ex-juiz federal. A preocupação, mais do que levar o PT para a coligação roseanista, passa a ser tirá-lo da coligação flavista.



Essa combinação seria explosiva: o “novo”, o PT de Lula, tempo de televisão, um perfil brilhante e a honestidade tão temida por Sarney e alvejada nos tempos da guerra a Jackson.



Por isso a nova guerra contra Dino. Por isso a trégua a Jackson

Política desacreditada reduz a participação de jovens eleitores









TRE



Foi-se o tempo em que os estudantes se uniam para manifestações contra atos de governos e suas políticas públicas. O movimento estudantil, que nas décadas de 1960, 1970 e 1980 foi marcante na luta contra o regime militar, atualmente está escasso e sem fortes representantes. A última atitude estudantil que entrou para a história foi em 1992, que culminou com o impeachment do então presidente da República Fernando Collor de Mello. A recente manifestação dos estudantes pelo passe livre no transporte coletivo, ocorrida em várias capitais , foi apenas um relâmpago de movimentação política da juventude. Esse enfraquecimento dos movimentos estudantis é comprovado com os números do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que mostram uma diminuição da quantidade de eleitores jovens no Brasil .

Segundo o TSE, no país, em 1992, quando teve início a contagem de eleitores com 16 e 17 anos – com 18 anos o voto passa a ser obrigatório –, essa faixa etária somava 3,2 milhões de cidadãos. Já neste ano,  esse número é de 2,2 milhões. É 31% menor a população dessa idade que está apta a votar.


Líderes analisam formas de atrair o jovem

O desinteresse dos jovens pela política é confirmado também pelos que fazem parte de movimentos estudantis e de partidos políticos. Para alguns, isso passou a ocorrer porque faz tempo que a juventude não é protagonista de uma grande cena política. Para outros, porque que faixa etária foi maquiada pela mídia. Por outro lado, há os que crêem que se houver candidatos jovens, a situação pode melhorar.

De acordo com Rafael Clabonde, de 19 anos, presidente da União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (UPES), a preocupação com a diminuição da participação dos jovens na política é válida e merece atenção total. Segundo ele, 75% da juventude não participa de movimentos políticos. “Falta conteúdo político aos jovens. Ficaram, durante anos, maquiando a juventude, que ela acabou se acomodando. E os meios de comunicação têm culpa nisso, pois tentaram demobilizar a parte crítica da juventude.”

Clabonde diz ainda que os jovens estudantes não têm conhecimento do que vem a ser um grêmio estudantil. “E o acesso dos que participam dos movimentos aos demais jovens é restrito e difícil. Muitos diretores e professores de escolas têm receio de um possível tumulto que os movimentos podem causar. É uma visão retrógrada.”

Já para Fabiana Zelinski, de 25 anos, estudante de Pedagogia e presidente da União Paranaense dos Estudantes (UPE), há ainda uma participação dos jovens na política. “Mas em menor proporção, é óbvio. E tudo porque a juventude não é protagonista de um grande fato político desde 1992, quando houve o impeachment de Fernado Collor de Mello.” Na visão dela, o que ocorreu foi que houve uma grande diferenciação na forma de atuação dos jovens. “Com as organizações não-governamentais e as entidades assistenciais, muitos jovens acham que estão participando de um movimento político.”

Segundo João Arruda, de 31 anos, sobrinho do governador Roberto Requião e presidente da Juventude do PMDB no Paraná, o jovem tem de aprender a discutir política pública para a nação, não só para uma classe. De acordo com ele, no partido no Paraná há 110 mil filiados, sendo que 60 mil têm idade entre 16 e 34 anos. “Para integrar o jovem à política, é preciso fazer com que ele participe e, inclusive, se lance candidato, para ser exemplo para outros e incentivá-los.” Arruda conta que os peemedebistas têm como forma de atrair a juventude para a vida política justamente estimulando candidaturas. (CCL)

O número de eleitores jovens só aumenta quando se contabiliza as idades entre 25 e 34 anos – os partidos políticos somam como jovens nas legendas filiados de até 34 anos. O crescimento no estado, no entanto, foi pífio. Enquanto no país a quantidade desse eleitorado subiu de 25,2 milhões em 1992 para 31,1 milhões em 2008, no Paraná houve uma ascensão de apenas 100 mil (1,5 milhão em 1992 e 1,6 milhão neste ano).

O quadro de jovens filiados aos partidos políticos, outra forma que demonstra a participação da juventude na política, ainda de acordo com o TSE, também é pequeno. Há, no país, 28 siglas partidárias e 128 milhões de eleitores, um crescimento de 16,5% em relação a 2000 quando havia 109 milhões de eleitores. Apenas 10% (12 milhões) estão filiados a legendas políticas. E apenas 575 mil (0,44%) são jovens com idade entre 18 e 24 anos. No Paraná, o aumento de número de eleitores de 2000 para cá foi de 10%. Eram 6,5 milhões e hoje há 7,1 milhões.


Outro dado interessante e representativo sobre o desinteresse da juventude atual pela política é o do Instituto Pólis, que fez um levantamento com oito mil jovens com idade entre 15 e 29 anos e constatou que 75% deles nunca participaram de uma associação estudantil e 96% jamais estiveram, por exemplo, em uma organização não-governamental.

A chefe da Central de Atendimento ao Eleitor do TRE paranaense, Alessandra Luiz, confirma os dados e lamenta a situação, mesmo com o tribunal fazendo um esforço monumental para atrair os jovens para as urnas. “Temos feito uma campanha intensa, tanto no estado quanto no país. Mas percebemos que a procura dos jovens com 16 e 17 anos para tirar o título de eleitor é realmente pequena”, diz ela, contando que os membros do TRE já pensam em fazer um movimento para ir às escolas atrás desse juventude desacreditada e desinteressada.


Para o professor de Sociologia Política e Direito da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), César Bueno, ao contrário das décadas de 60, 70 e 80, quando havia uma esperança por mudança no país, atualmente há uma desilusão. “Nos anos de 1990, a esquerda finalmente assumiu o poder e as mudanças não se concretizaram. Isso levou os jovens a desistirem da política.” Segundo ele, a corrupção foi mais um fator que ajudou a haver tal desesperança. “A juventude viu, percebeu, que a corrupção não era um privilégio de apenas um ou outro partido político. Isso trouxe retração, descrença e insatisfação.”

terça-feira, 25 de maio de 2010

Vacina contra H1N1 pode dar falso positivo para HIV,diz Anvisa





A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nesta sexta-feira (21) que as pessoas que tomaram a vacina H1N1, contra a nova gripe, podem ter resultado positivo para resultado positivo para HIV mesmo sem ter o vírus que provoca a AIDS. Segundo a agência, o falso resultado positivo pode ocorrer até 112 dias após a pessoa ter se vacinado contra a gripe.

O falso resultado acontece porque a vacina contra a gripe aumenta a produção de um anticorpo, chamado de IgM (o primeiro batalhão de defesa do organismo), que “engana” o Elisa, o teste mais comum feito no Brasil para diagnosticar o vírus da AIDS. Essa reação faz o organismo reproduzir uma condição parecida com aquela de quem tem o vírus HIV.
( fonte da informação : Anvisa)