Blog do Prof.João Baiano

EDUCAÇÃO PARA VIDA!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

DILMA! A 1º MULHER PRESIDENTE DO BRASIL!



(HISTÓRIA DE DILMA ROUSSEFF)

Filha do búlgaro Pedro Rousseff e da dona de casa Dilma Jane,Dilma Rousseff nasceu em Belo Horizonte, no dia 14 de dezembro de 1947. Pedro conhecera Jane natural de Friburgo, no interior de Minas Gerais, onde ela morava com os pais, pecuaristas. Os dois se casaram e passaram a morar na capital mineira, onde tiveram três filhos: Dilma Rousseff e Zana Lúcia, que morreu em 1976. Dilma estudou no tradicional Nossa Senhora de Sion. Em 1964, ano do golpe militar, foi para o Colégio Estadual Central, público onde o movimento estudantil era intenso. Começa ali uma nova vida: a de militante contra a ditadura.
Stela, Luiza,Vanda...Com vários codinomes, a vida de Dilma na clandestinidade começou na Política Operária( Polop), em Minas Gerais. A organização deu origem ao Comando de Libertação Nacional (Colina) e depois se fundiu à Vanguarda Popular Revolucionária, surgindo a VAR-Palmares. Uma das ações mais ousadas do grupo foi o assalto ao cofre do governador paulista Adhemar de Barros, em 1969, do qual teriam sido levados US$ 2,4 milhões. Aos 22 anos Dilma "caiu" como se falava na época com a Operação Bandeirantes, em São Paulo. Ficou três anos na prisão, onde foi torturada, e saiu em 1972,dez quilos mais magra.
Passou a ser conhecida pelos codinomes, mas como "papisa da subversão". Em 2003, em entrevista ao GLOBO, analisou o período na cadeia:
- Você passa a ter mais tolerância com o outro e aprende sobretudo a conhecer seus própios limites e suas fragilidades.
É um convívio tão intenso que você constrói proximidades e ganha outra visão de mundo.
Até hoje, o processo contra Dilma está guardado a sete chaves no Superior Tribunal Militar (STM).
Em 1973, dpois de deixar a prisão, Dilma se mudou para Porto Alegre, onde o marido- Carlos Araújo, também ligado à guerrilha- estava preso.Ela retornou a faculdade de Economia, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e começou a trabalhar. O retorno à política só ocorreu no fim dos anos 70, quando ajudou a fundar no estado o Partido Democrático Trabalhista(PDT), a legenda de Leonel Brizola. No PDT, em 1986, foi nomeada pelo então prefeito gaúcho Alceu Collares, secretária municipal da Fazenda. Depois, presidiu a Fundação de Economia e Estatística do Estado do Rio Grande do Sul. Em 1994, com a eleição de Collares para o governo, virou secretária estadual de Minas, Energia e Comunicações.
Continuou no cargo com a eleição de Olívio Dutra, do PT, em 1998.
Em 2000, com o rompimento da Aliança PT e PDT no Rio Grande do Sul, Dilma deixou de maneiraconturbada o partido de Brizola e se filiou no PT de LULA onde está até hoje.
Dilma se casou duas vezes em ambas, com militantes dos tempos de clandestinidade. O primeiro marido foi Claudio Galeno de Magalhães Linhares,cinco anos mais velhos, com quem atuou na Polop, no Colina e na VAR-Palmares. O casamento foi no civil, em 1967, depois de um ano de namoro. Mais a união com Claudio durou pouco: até 1969.
O segundo marido foi o advogado Carlos Franklin Paixão de Araújo.Conheceram-se em 1969, quando Dilma tinha 19 anos e ele,30. Começaram a morar juntos um mês depois e ficaram juntos até ela ser presa, sete meses antes dele. "Ela era linda, um espetáculo", disse Araújo em entrevista ao GLOBO.
Do casamento, que durou quase 30 anos, nasceu Paula Rousseff Araújo, em março de 1976.
Em abril de 2008, Paula se casou em Porto Alegre com o administrador de empresa Rafael Covolo, numa cerimônia que reuniu o presidente LULA, nove ministros e nove governadores. E, em setembro de 2010, deu à luz o primeiro neto de Dilma, Gabriel.
Dilma conheceu LULA por intermédio de Olívio Dutra, de quem fora a secretária responsável pela área de energia. Na transição de governo, em 2002, ganhou a tarefa de cuidar da área de infra-estrutura. O então presidente eleito temia um novo apagão, como o que ocorrera em 2001 com Fernando Henrique. O Rio Grande do Sul fora um dos poucos estados brasileiros sem racionamento de energia.
Em 2003,quando o novo governo assumiu, Dilma foi para o estratégico Ministério de Minas e Energia, dono de um orçamento de R$ 20 bilhões. Foi ganhando cada vez mais a confiança de LULA, a ponto de suceder José Dirceu acusado pela denúncia do mensalão na Casa Civil, em 2005.
Grande aposta de LULA para o segundo mandato, o Programa de Aceleração do Crescimento(PAC) foi lançado em janeiro de 2007, com um orçamento de R$ 504 bilhões. A gestão das mais de 3 mil obras ficou sob a responsabilidade de Dilma Rousseff a quem, em março de 2008, ao anunciar obras no Complexo do Alemão, LULA se referiu como "uma espécie de mãe do PAC".
No fim de março de 2010, mesmo com o cronograma do PAC original atrasado, LULA lançou o PAC-2 um conjunto de projetos para até 2014 orçado em R$ 1 trilhão.
A ministra deixou o governo logo em seguida, em abril, para se candidatar à Presidência.
Outro grande projeto do governo a exploração do pré-sal também ajudou a alavancar a ministra. Em 31 de agosto de 2009, em evento para anunciar as regras de exploração de petróleo nessa camada, LULA passou a palavra a Dilma.
"O pré-sal nos abrirá as portas do futuro",disse a ministra, na ocasião. Para a oposição, o evento serviu de palanque para a pré-candidata.
Sábado, 25 de abril de 2009. Acompanhada de uma equipe de médicos, Dilma da entrevista coletiva no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para anunciar que havia retirado um tumor da axila esquerda. O diagnóstico médico era de linfoma não-Hodgkin do tipo "agressivo localizado", como chance de cura de mais de 90%.
-A vida é um desafio permanente. Este é mais um desafio que estou tendo e tenho certeza que o enfrentarei.Nós, brasileiros, somos capazes de superar obstáculos e sair inteiros do lado de lá-disse Dilma, na ocasião.
Aliados de LULA chegaram a questionar a possibilidade de Dilma disputar a Presidência. Ela se submeteu a sessões de quimioterapia, usou peruca e , em dezembro, apareceu em público com novo visual: cabelos curtíssimos, ao natural. Em setembro do ano passado, o hospital informou, em nota, que Dilma estava "livre de qualquer evidência de linforma".
Caiu José Dirceu, em 2005. Cai Antonio Palocci,em 2006. Ainda no primeiro mandato, LULA perdeu seus dois principais ministros emais fortes candidatos a sucedê-lo.
Mas o presidente ainda tinha tempo (e mais um governo) para estudar nomes. Pensou em Ciro Gomes, em Tarso Genro, mas acabou escolhendo a ministra com perfil de gerente, que adora apresentações em power point.
A pré-candidatura de Dilma foi lançada no dia 20 de fevereiro deste ano, em evento com a presença de LULA.
-Este ano, vai ter vazio na cédula sem nome lá brincou o presidente.
A campanha até a vitória enfrentou denúncias. Entre elas, quebra de sigilo de tucanos por servidores ligados ao PT e tráfico de influência na Casa Civil na gestão de Erenice Guerra,ex-braço direito de Dilma e sua sucessora no ministério.
Em setembro, sobre o caso Erenice, a candidata advertiu:
-O povo brasileiro e a História são implacáveis com quem calunia sem provas.

domingo, 31 de outubro de 2010

Dilma diz ter compromisso com meta de erradicar a miséria do Brasil!




No primeiro pronunciamento após eleita, ela disse que vai  'honrar as mulheres'.



A presidente eleita também afirmou que preservará liberdade de imprensa e de religião.





(COM INFORMAÇÕES DO PROGRAMA FANTÁSTICO)


No primeiro pronunciamento após o anúncio do resultado do segundo turno, a presidente eleita Dilma Rousseff (PT) afirmou na noite deste domingo (31), em Brasília, que, em seu governo, terá como compromisso a meta de erradicar a miséria do Brasil.



Ela fez um apelo para que todos os setores da sociedade a auxiliem na tarefa. "Vou fazer um governo comprometido com a erradicação da miséria e a criação de oportunidades para todos os brasileiros e brasileiras. Mas, humildemente, faço um chamado à nação, aos empresários, trabalhadores, imprensa, pessoas de bem do país para que me ajudem”, disse.



A presidente eleita afirmou que pretende recorrer ao atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, sempre que necessário. “Baterei muito em sua porta, e tenho certeza de que a encontrarei sempre aberta”. Dilma classificou como um “privilégio” a convivência com Lula e destacou a “inteligência do presidente.



"Agradeço muito especialmente e com emoção ao presidente Lula, ter a honra do seu apoio, o privilégio da sua convivência, conviver diariamente com ele me deu a exata dimensão do governante justo e do líder apaixonado por seu país e sua gente. A alegria que eu sinto hoje pela minha vitória se mistura com a emoção da sua despedida. Sei que um líder como o Lula nunca estará distante de seu povo", afirmou.



Dilma foi eleita presidente neste domingo (31) superando José Serra (PSDB) no segundo turno. O resultado foi anunciado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) às 20h13, quando ela já não podia mais ser alcançada pelo adversário.



O vice-presidente eleito, Michel Temer (PMDB-SP), acompanhou o pronunciamento, assim como dezenas de políticos aliados entre governadores, ministros, senadores e deputados, entre os quais Antonio Palocci (PT-SP) e José Eduardo Dutra, presidente do PT, que também estavam no palco ao lado de Dilma. Ao chegar, ela foi recebida ao coro de “olê, olê, olê, olá, Dilma, Dilma” e depois os aliados cantaram o Hino Nacional.



Liberdades de imprensa e religião

Ela também destacou como compromissos a liberdade de imprensa e a liberdade de religião. Mas ressalvou que o "primeiro compromisso" no cargo é "honrar as mulheres".



“Esse fato é um avanço democrático do Brasil. Pela primeira vez uma mulher presidirá o Brasil. Meu primeiro compromisso é honrar as mulheres brasileiras para que este fato, até hoje inédito, se torne natural”, disse.



Dilma prometeu valorizar a democracia “em toda a sua dimensão” e fez questão de destacar que o seu governo será pautado pelo respeito à “ampla liberdade de imprensa e religiosa”.



“Farei um governo com ampla de liberdade de imprensa, religiosa e de culto. Vou zelar pela observação criteriosa dos direitos humanos e zelarei pela nossa Constituição”, disse Dilma no início do discurso.



Noutro momento de sua fala, ela voltou a falar da imprensa. "Prefiro o barulho da imprensa livre ao silêncio das ditaduras", declarou a presidente eleita, para quem as críticas do jornalismo "ajudam o país".



"Não nego que, por vezes, algumas das coisas difundidas me deixaram tristes, mas quem, como eu, lutei pelo direito de opinião, dedicamos toda a nossa juventude ao direito de expressão somos amantes da liberdade."



Economia

Na parte econômica do discurso, Dilma destacou que, no curto prazo, não será possível contar com ajuda das economias mais desenvolvidas e que o Brasil precisará apostar em seu mercado interno.



“No curto prazo, nós não contaremos com força das economias desenvolvidas para puxar nosso desenvolvimento. Por isso, se torna importante nossa política, nosso mercado e nossas decisões econômicas”. A petista afirmou que não há intenção de “fechar o país ao mundo” e que vai trabalhar para abrir mercados e defender a regulação nos mercados internacionais.



A presidente eleita afirmou que seu governo vai manter a inflação sob controle, melhorar os gastos públicos, simplificar a tributação e melhorar os serviços para a população.



Ela disse que não fará “ajuste” que comprometa esses serviços e que tem como meta um crescimento "sustentável" de longo prazo a taxas elevadas. “Acima de tudo, quero afirmar compromissos com metas econômicas, contratos firmados e conquistas estabelecidas”.



Ela afirmou que vai criar mecanismos para beneficiar pequenos empresários. “Ampliarei o Supersimples [regime de tributação diferenciado para pequenas empresas] e construirei modernos mecanismos de aperfeiçoamento econômico, como fez o nosso governo.”



Segundo a presidente eleita, em seu governo “as agências reguladoras terão todo o respaldo para atuar com autonomia e determinação”. “Apresentaremos sempre com clareza nossos planos de atuação governamental e trataremos com transparência nossas metas e resultados.”



Oposição

Dilma afirmou que não discriminará governantes de oposição. "Aos partidos de oposição e aos setores da sociedade que não estiveram conosco nesta caminhada estendo minha mão a eles. De minha parte não haverá discriminação", declarou.