Blog do Prof.João Baiano

EDUCAÇÃO PARA VIDA!

sábado, 30 de outubro de 2010

ALEMANHA SÉCULO XX


 







Durante

uma conferência com vários universitários, um professor da Universidade

de Berlim desafiou seus alunos com esta pergunta:



“Deus criou tudo o que existe?”

Um aluno respondeu valentemente:



“Sim, Ele criou.”

“Deus criou tudo?”



Perguntou novamente o professor.

“Sim senhor”, respondeu o jovem.





O professor respondeu,



“Se

Deus criou tudo, então Deus fez o mal? Pois o mal existe, e partindo do

preceito de que nossas obras são um reflexo de nós mesmos, então Deus é

mau?”





O jovem ficou calado diante de tal resposta e o

professor, feliz, se regozijava de ter provado mais uma vez que a fé era

um mito.





Outro estudante levantou a mão e disse:



“Posso fazer uma pergunta, professor?”



“Lógico.” Foi a resposta do professor.

O jovem ficou de pé e perguntou:



“Professor, o frio existe?”



“Que pergunta é essa? Lógico que existe, ou por acaso você nunca sentiu frio?”





O rapaz respondeu:



“De

fato, senhor, o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que

consideramos frio, na realidade é a ausência de calor. Todo corpo ou

objeto é susceptível de estudo quando possui ou transmite energia, o

calor é o que faz com que este corpo tenha ou transmita energia.



O

zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos

ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Nós criamos

essa definição para descrever como nos sentimos se não temos calor”





“E, existe a escuridão?”



Continuou o estudante.



O professor respondeu: “Existe.”

O estudante respondeu:



“Novamente comete um erro, senhor, a escuridão também não existe. A escuridão na realidade é a ausência de luz.



A luz pode-se estudar, a escuridão não!



Até

existe o prisma de Nichols para decompor a luz branca nas várias cores

de que está composta, com suas diferentes longitudes de ondas.



A escuridão não!



Um simples raio de luz atravessa as trevas e ilumina a superfície onde termina o raio de luz.



Como pode saber quão escuro está um espaço determinado? Com base na quantidade de luz presente nesse espaço, não é assim?



Escuridão é uma definição que o homem desenvolveu para descrever o que acontece quando não há luz presente”



Finalmente, o jovem perguntou ao professor:



“Senhor, o mal existe?”



O professor respondeu:



“Claro

que sim, lógico que existe, como disse desde o começo, vemos estupros,

crimes e violência no mundo todo, essas coisas são do mal.”



E o estudante respondeu:



“O

mal não existe, senhor, pelo menos não existe por si mesmo. O mal é

simplesmente a ausência do bem, é o mesmo dos casos anteriores, o mal é

uma definição que o homem criou para descrever a ausência de Deus.



Deus não criou o mal.



Não é como a fé ou como o amor, que existem como existem o calor e a luz.

O mal é o resultado da humanidade não ter Deus presente em seus corações.



É como acontece com o frio quando não há calor, ou a escuridão quando não há luz.”

Por volta dos anos 1900, este jovem foi aplaudido de pé, e o professor apenas balançou a cabeça permanecendo calado…

Imediatamente o diretor dirigiu-se àquele jovem e perguntou qual era seu nome?



E ele respondeu:





“ALBERT EINSTEIN.”

JUVENTUDE E O FUTURO!






Grande parte da juventude atual parece não acreditar no futuro. Uma desconfiança excessiva leva muitos jovens a separar-se de tudo, a não acreditar em nada. Mas a sua desconfiança quanto ao futuro é uma consequência da sua desconfiança nas velhas gerações que não souberam organizar um mundo melhor. Numerosos jovens nem se dignam pensar se esta organização perfeita é possível. As próprias gerações que os precederam também não pensaram nesta problema.

A juventude é exigente. É uma virtude. Não solicita fórmulas teóricas, mas exige realizações quotidianas. As relações familiares, o entendimento entre os pais e os filhos são difíceis por causa desta flagrante diferença de linguagem.

Uma juventude que desconfia do futuro, que tudo pretende alcançar no tempo presente, será uma juventude sã? A juventude atual está preocupada pelo vazio e pelo absurdo da vida. Mas como poderemos falar de vazio no caso de jovens tão dados à ação, dispostos a ocupar os seus tempos livres e a gozar os prazeres imediatos da vida? Talvez por isso mesmo. Esta necessidade de imediato, esta incapacidade de esperar, provém de um sentimento de angústia. Afinal, a juventude atual carece sobretudo de esperança.

Esta falta de esperança reduz a juventude ao tempo presente. E o presente da juventude atual não está vinculado ao passado nem ao futuro. É tempo presente que tem, forçosamente, de ser vivido com ansiedade e com a ambição de esgotar no momento em que se vive todas as possibilidades vitais. Nesse tempo presente, que se vive rapidamente, tão rapidamente que a própria pressa se transforma em objectivo essencial, o conteúdo da ação perde a sua natureza.

A renúncia perante o futuro é a renúncia da continuidade. Não há nenhum jogo mais perigoso. A pressa é a evasão. Qual é a falha desta estrutura existencial? Falha a vida como continuidade. Falha por não a viver em todo o momento na sua dimensão profunda. Os momentos da vida são mais ou menos incorporados neles, marcas do passado mas também possibilidades do futuro. O passado é a própria história, é a responsabilidade do que somos, é a expressão da vida, é a nossa própria individualidade. No presente podemo-nos identificar mais ou menos com as circunstâncias ou com os outros. O futuro é a continuidade pessoal e histórica.

Pertence ao estilo das atuais gerações viver com pressa e sem profundidade. Renunciar às responsabilidades do passado e desconfiar do futuro, concentrando a vida no presente, dinamicamente vivido, ou seja, na ação. Esta atitude, provocando o desaparecimento do sentido profundo da vida, dá origem a um deserto de tédio.

Entre o aborrecimento e a pressa existem relações importantes. O fato de não saber o que fazer é muito perigoso. Talvez seja o maior perigo mostrar a sombra da vida, a sua orientação absurda. Deste perigo defende-se a juventude pela sua radical afirmação. A vida é vida porque se afirma perante a morte.

                                                                         JOÃO BAIANO