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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Rebeliões terminam com 18 mortos no Maranhão











SÃO LUÍS - Terminaram com 18 presos mortos as duas rebeliões ocorridas em unidades prisionais no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís (MA). Três dos mortos foram decapitados.



Os detentos foram assassinados por outros presos, em uma disputa entre grupos rivais pelo "domínio moral" das unidades, disse a Secretaria da Segurança Pública do Maranhão.

A primeira rebelião começou anteontem, por volta das 9h, em um anexo do Presídio São Luís, que é uma unidade de segurança máxima.



Os presos tomaram a arma de um agente penitenciário e fizeram cinco monitores (seguranças desarmados) reféns. Eles foram libertados ontem, sem ferimentos, após 27 horas de rebelião.



A vistoria feita pela Polícia Militar no presídio, no início da tarde de ontem, localizou os corpos de seis presos mortos durante o motim. No dia anterior, nove corpos já haviam sido recolhidos. Foram encontradas também três armas de fogo --uma delas pertencente ao agente penitenciário-- e uma faca artesanal.



A segunda rebelião eclodiu ontem na penitenciária de Pedrinhas, dentro do mesmo complexo prisional. Três presos foram mortos. A Polícia Civil abriu inquérito para apurar os motivos dos dois motins.



O desembargador José Fróes Sobrinho, do Tribunal de Justiça do Maranhão, coordenador do grupo de monitoramento dos presídios do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) no Estado, disse que as mortes foram provocadas por brigas entre grupos rivais --presos do interior contra presos da capital.



Transferências



A falta de unidades prisionais no interior do Maranhão faz com que os presos sejam transferidos para a capital, o que ao longo do tempo gerou uma rivalidade entre os dois grupos. O padre Luca Mainenti, da Pastoral Carcerária de São Luís, que intermediou a negociação na penitenciária, disse que os presos pediam mais rapidez na tramitação dos processos.

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