CLIPE DO DIA
Cássia Eller ( segundo sol)
Divulgada concorrência e locais de provas do Concurso Público de Coroatá
O Instituto Ludus, responsável pela realização do concurso Público de Coroatá, divulgou recentemente em seu site uma lista sobre a concorrência nas áreas “concorridas”. Destaque para os Assistentes Administrativos com concorrência de 15.69 por vaga, sendo 1.569 inscritos. Para professora de ciência a concorrência ficou com 10.07 para uma vaga, de 320 inscritos. A maior média foi para o guarda municipal com 23.43 para uma vaga.
FONTE: Antonielson Sousa-Coroatá Online
O GRITO
Terrence Malick é um dos maiores outsiders da história de Hollywood. Da geração que revolucionou o cinema estadunidense — Scorsese, Coppola, Friedkin, De Palma, mais aqui — Malick deu ao mundo Badlands, em 1973 e Days Of Heaven, de 1978, apresentando sua visão incomum, seu talento apurado e uma sensibilidade raríssima para as telas. Doutor em filosofia, Malick se retirou dos holofotes durante 20 anos, escrevendo roteiros eventuais, até voltar em 1998 com um dos melhores “filmes de guerra” já feitos: Além da Linha Vermelha. O Novo Mundo, de 2005, aborda de maneira claudicante o descobrimento da América.
A Árvore da Vida é baseado num projeto que começou a desenvolver ainda nos 1970, intitulado Q. É o seu filme mais introspectivo, filosófico, contemplativo, abordando a origem da vida, nossas relações familiares — em especial de pai e filho, mas entre irmãos, a influência materna e a vida de um casal na década de 1950 — e nossa relação com a natureza, a religião, os sentimentos, a morte, a infância e a vida adulta. Pretensão que somente um diretor como ele — a exemplo de outros raros — pode dar conta.
É curioso observar essa obra tão peculiar, tão idiossincrática, ancorada por uma estrela do porte de Brad Pitt — ao mesmo tempo um dos atores mais talentosos da sua geração e um galã que atrai milhares de desavisados aos cinemas — atingir as salas de blockbusters. Em tempo de cinema frenético, desesperado, perdido, com câmera, narrativa, ritmo e efeitos em tom de rave, bombardeando o espectador com milhares de signos por segundo, A Árvore da Vida não poderia ser mais que a quintessência da antítese disto.
É cinema de sensibilidade apurada, que sabe trabalhar brilhantemente o silêncio — este elemento tão fundamental e tão banido da arte contemporânea — que cria seu próprio tempo, aponta diversos caminhos, mostra vários tons em suas contradições, mudanças, anseios, dúvidas. Não dá resultados prontos. Não entrega fórmulas nem soluções simples.
O diretor consegue extrair o melhor de seus atores: Brad Pitt está firme no papel do pai severo, mas que não se furta a demonstrar momentos de afeto, em revelar suas fraquezas e angústias, em todo seu universo de amor e dureza, em manter sua família e participar da criação dos filhos. Jessica Chastain — que não por acaso, imagino, guarda certa semelhança física com a Sissy Spacek de Badlands — é a doçura e proteção materna, o amor puro, a dedicação plena. Sempre iluminadíssima pela fotografia, aparece como uma figura celestial — capaz de literalmente flutuar, num simbolismo nítido — plácida, de presença pacificadora.
Dentre os três filhos, impressiona a atuação de Hunter McCracken como Jack, o primogênito tão essencial para o eixo da trama, vivido por Sean Penn — em brevíssimas aparições — na vida adulta. As buscas e as transformações de Jack, e o quanto influencia seus outros irmãos e a relação entre pai e mãe, atingem o cerne do que Malick quer representar. Dele resulta boa parte das reações do núcleo daquela família.
A morte do caçula logo no início da película serve de pretexto para explorar nossa relação com Deus, a vida e as convenções religiosas: por mais que estejam sempre buscando Deus, como que tateando no vazio, os personagens nunca encontram resposta, essa figura “superior” nunca se faz presente, mas serve para ilustrar situações de ambiguidade e paradoxos constantes. Como na própria criação imposta aos filhos por Mr. O’Brien e sua noção única de moral, de como se deve ser, se comportar e do que é preciso para conseguir sobreviver neste mundo. E o sermão principal dado pelo sacerdote é de uma desesperança e dureza quase atroz, de uma honestidade transgressora, impiedosa. Traçando paralelo curioso com a súplica final de Mrs. O’Brien, repleta de límpida inocência: tenha curiosidade, esperança, ame, perdoe.
Já no início Malick nos fornece a base da sua introspeção, citando o capítulo 38 de Jó, versículo 4,7: “Where were you when I laid the foundations of the Earth, when the morning stars sang together, and all the sons of God shouted for joy?”. E aí uma ainda pequena Mrs. O’Brien — ainda mais semelhante com Spacek — conta que “as freiras nos ensinaram dois caminhos possíveis para a vida: o da graça e o da natureza. Você precisa escolher qual deles seguir”.
“Grace doesn’t try to please itself. Accepts being slighted, forgotten, disliked. Accepts insults and injuries. (…) Nature only wants to please itself. Get others to please it too. Likes to lord it over them. To have its own way. It finds reasons to be unhappy when all the world is shining around it. And love is smiling through all things.”
É extremamente simbólico que a natureza — onde nos encaixamos — “queira apenas satisfazer a si mesma”. A natureza sempre foi alvo de intensa reverência e contemplação em seus filmes, como um personagem inequívoco e necessário, ganha aqui seu maior tributo. Os 20 minutos em que Malick se vale de belíssimas imagens da atuação plena da natureza em nosso planeta, em oceanos, vulcões, florestas, montanhas, o comportamento animal, misto de imagens reais com efeitos supervisionados por Douglas Trumbull (o mesmo de 2001: Uma Odisseia no Espaço) vão de encontro ao centro da vida, ilustrando não só nossa eterna pequenez e fragilidade ante o universo mas como somos influenciados e até reféns dela.
Com a quase totalidade do filme vista pelos olhos de crianças, é interessante como Malick mantém a câmera sempre baixa, como que nos obrigando a ver e sentir através dos olhos deles. Ao mesmo tempo em que aponta constantemente para o céu, em eterna dualidade. E a fotografia de Emmanuel Lubezki (o mesmo de O Novo Mundo) é extremamente eficaz tanto no uso da luz, fundamental para a película, quanto nas diferenças entre os ambientes externos, os longos planos de contemplação, e os momentos de intimidade, na brincadeira dos pais com os filhos, na proteção da mãe ao colocar as crianças para dormir e acordá-las, nas vezes em que O’Brien toca o piano, etc. Sem falar no uso da música, sempre capaz de acrescentar ao que vemos na tela sem pesar no tom — uma possibilidade enorme num filme dessa magnitude, mas que nunca falha ou cai em soluções fáceis.
Malick, enfim, nos apresenta sua epifania. A sua compreensão da essência da vida em toda sua leveza e seu fardo, a iluminação final do que há pouco para afirmar categoricamente. Ele nos fornece fragmentos, caminhos. E cabe a cada um tomar para si e fazer o melhor possível com isso.
NOTÍCIAS ESTADUAIS
'São Luís - 400 anos' será lançado no ritmo de samba-enredo da Beija-Flor
O sonho de ter seu samba cantado na Sapucaí está embalando os autores maranhenses. Ao todo, 26 composições foram inscritas na etapa local do concurso do samba-enredo da Beija-Flor de Nilópolis, que cantará o tema “São Luís - O Poema Encantado do Maranhão” no Carnaval 2012. Os três vencedores, que participarão da grande final no Rio de Janeiro, serão conhecidos em festa comemorativa na noite do dia 8 de setembro, no espaço onde foi realizado o Arraial da Lagoa. O concurso marcará o lançamento do Projeto “São Luís - 400 anos”, do Governo do Estado.
Na lista de inscritos, a maioria é de São Luís. São 22 da capital, um de Paço do Lumiar, um de Rosário, um de Bacuri e um de Boa Vista do Gurupi. De acordo com o previsto, haverá duas noites de eliminatórias (provavelmente nos dias 6 e 7), além da final no dia 8. O material entregue pelo candidato no ato da inscrição (CDs e cópias das letras) já foi encaminhado para conhecimento prévio da comissão da Beija-Flor.
Uma bateria, que reunirá músicos conceituados no cenário do samba de São Luís, acompanhará todos os concorrentes. Em todas as etapas haverá participação de atrações locais. A final contará com a presença do puxador Neguinho da Beija-Flor, acompanhado da bateria nota 10 da escola.“Será uma grande festa da cultura de São Luís, a grande homenageada desse projeto”, resumiu o secretário de Estado de Cultura, Luís Henrique Bulcão.
O enredo da Beija-Flor, “São Luís - O poema encantado do Maranhão”, é uma homenagem aos 400 anos de São Luís, a serem celebrados em 2012. Na avenida, a escola homenageará a capital maranhense, enfocando desde os primórdios da fundação francesa (em 1612), passando pelo título de Athenas Brasileira (pela efervescência da produção literária) até chegar à denominação de Jamaica Brasileira (garantida pela influência do reggae na cidade).
Projeto “São Luís - 400 anos
Tendo como pilares a literatura, culinária, música e arquitetura ludovicenses, o Projeto “São Luís - 400 Anos” será desenvolvido pelo Governo do Estado no ano das comemorações dos quatro séculos da capital maranhense, com ápice no dia 8 de setembro de 2012. Diversas ações e obras estão pautadas para o período.
Uma comissão de trabalho foi constituída para acompanhar todos os projetos. Integram a comissão os secretários de Estado Luís Fernando Silva (Casa Civil), Max Barros (Infraestrutura), Luís Henrique Bulcão (Cultura), Tadeu Palácio (Turismo), Maurício Macedo (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), Pedro Fernandes (Cidades e Desenvolvimento Urbano), Aluísio Mendes (Segurança Pública), Fábio Gondim (Planejamento, Orçamento e Gestão) e Sérgio Macedo (Comunicação Social). Além disso, todas as secretarias estarão envolvidas no projeto.
“A partir do dia 8 de setembro de 2011 vamos viver a festa do quarto centenário para, em 8 de setembro de 2012, inaugurarmos uma nova era”, assinalou o secretário Sérgio Macedo durante a reunião de apresentação do projeto, ocorrida no dia 11 de agosto.
Após o lançamento (em 8 de setembro deste ano), diversos eventos também estão sendo programados. No campo dos festivais, um internacional de reggae e um gastronômico.
Os principais monumentos ganharão iluminação especial e serão realizados concursos literários. Também há uma proposta de vinda do Festival de Literatura Latino-Americana (FLAM) e um intercâmbio musical com a França.
Um monumento “São Luís 400 Anos” também será erguido em local a ser definido pela comissão. O valor global do investimento depende do leque de projetos a serem aprovados pela comissão e desenvolvidos durante o período das comemorações.
POLÍTICA
PDT faz festa para a filiação de Eurídice, Vidigal e Barrão
Vidigal e Eurídice exibem a ficha de filiação, ao lado de Clay e Igor Lago e de Ivaldo Rodrigues
O presidente da Comissão Provisória do PDT no Maranhão, médico Igor Lago, conduziu, na noite desta quarta-feira (17), os trabalhos da cerimônia de filiação ao partido do ministro aposentado Edson Vidigal, de sua esposa, Eurídice Vidigal, ex-secretária de Estado da Segurança Cidadã, e do presidente da Associação dos Vendedores Ambulantes de São Luís, José de Ribamar Silva, mais conhecido como “Barrão”.
Em seu discurso, Igor Lago deu boas-vindas a Eurídice e a Vidigal, ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que foi candidato a senador pelo PSDB em 2010 e candidato a governador do Maranhão pelo PSB em 2006. Os novos filiados, segundo Igor Lago, agora ficam à vontade para participar mais intensamente da luta diária pela libertação do Maranhão, em uma nova trincheira,
Ao assinar a ficha de filiação, Vidigal revelou que está escrevendo um livro sobre o processo que, em 2009, resultou na cassação do mandato do ex-governador Jackson Lago, com o título provisório “Breve Memorial de um Longo Tempo – As duas mortes do Governador Jackson Lago”, que ele pretende lançar ainda neste ano.
O livro apresentará a cassação de Jackson como primeira morte e a própria morte, em conseqüência, no dia 4 de abril deste ano. “Ao nos deslocarmos, Eurídice e eu, de uma trincheira a outra como agora, de uma legenda a outra, no mesmo campo oposicionista, queremos deixar bem claro que estamos apenas mudando de trincheira, por exigência conjuntural”, afirmou o ex-presidente do STJ, numa referência à troca do PSDB para o PDT.
Participaram da solenidade, que teve como mestre de cerimônia o sociólogo Léo Costa, a viúva de Jackson, Clay Lago, o deputado estadual Carlos Amorim, o vereador Ivaldo Rodrigues, os ex-deputados Julião Amin e Wagner Lago, o vice-prefeito de Imperatriz, Jean Carlo, o ex-prefeito de Lago da Pedra Luiz Osmani, Núbia Dutra, representando o deputado federal Domingos Dutra (PT), a professora Theresa Pflueger, assessora especial do governador Jackson Lago, e o suplente de deputado federal Wewerton Rocha.
Ricardo Murad aceita debate na Assembleia sobre denúncias contra Saúde do Maranhão
Diante da grande repercussão da matéria da revista IstoÉ sobre problemas na área da Saúde no Maranhão,e ainda em função da movimentação de parlamentares oposicionistas para convocá-lo, o secretário de Estado da Saúde Ricardo Murad, resolveu comparecer àquela Casa.
Ricardo Murad informou que solicitou uma audiência especial na Assembleia Legislativa para que seja realizada uma ampla discussão sobre as questões que envolvem a sua pasta. A Comissão de Saúde marcou a sessão para o próximo dia 13 de setembro, quando Murad será sabatinado,principalmente, sobre as denúncias de fraudes em licitações apresentadas ao país pela IstoÉ.
Desde a veiculação das denúncias, a oposição já havia tentado por diversas vezes solicitar informações ao secretário sobre o programa Viva Saúde, mas a bancada governista não permitia a convocação, rejeitando os requerimentos. Agora, por iniciativa do próprio secretário, a Assembleia Legislativa vai ter a oportunidade de fazer um amplo debate sobre a área da Saúde no Maranhão.
1 comentários:
Deputadinho canalha! só sabe mentir.Se ele tivesse mesmo amor por Coroatá! a UPA,hospital da trizidela já estariam funcionando,mas esse cara de pau só abrirá perto das eleições! é que nem a estrada de Coroatá-Vargem Grande,só conversa fiada,passou a eleição a governadora não continuou! e é porque é o melhor governo dela!
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